Brazilian Journal of Pathology and Laboratory Medicine

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Clinical and laboratory diagnosis of zika fever: an update

Analúcia R. Xavier; Salim Kanaan; Ronielly P. Bozzi; Luiza V. Amaral
J. Bras. Patol. Med. Lab. 2017;53(4):252-257
DOI: 10.5935/1676-2444.20170039

ABSTRACT

Zika fever can be defined as an acute febrile viral illness, mainly transmitted by the mosquito of the genus Aedes. It makes a differential diagnosis from diseases caused by other flaviviruses, such as chikungunya and dengue fever. Many people with Zika virus (ZIKV) infection will not have symptoms or will only have mild clinical symptoms. The clinical conditions are nonspecific and characterized by low-grade fever, pruritic erythematous maculopapular rash, non-purulent conjunctival hyperemia without pruritus, arthralgia, myalgia, and headache. It is a benign, self-limiting and short-duration condition. Complications such as Guillain-Barré syndrome (GBS), spontaneous abortion and fetal malformations, mainly microcephaly and retinal lesions, may occur. The laboratory investigation is more important in cases suspected of ZIKV infection that have evolved with neurological complications, in pregnant women, abortion or congenital malformations, and is a key part for diagnostic definition. Real-time polymerase chain reaction (RT-PCR) can detect the virus in blood samples about four to seven days after the onset of symptoms. In urine, it is possible to identify viral ribonucleic acid (RNA) up to 15 days after clinical onset, even if viremia has ceased, and it is an alternative for late diagnosis. Serological tests may also be performed, while there may be cross-reactivity with other flaviviruses. Immunoglobulin class M (IgM) can be screened between the 2nd and 12th week after clinical presentation. The immunoglobulin class G (IgG) can be identified after the 15th day, and is present even in the convalescence and cure phase. Non-specific laboratory abnormalities, in general, do not present significant alterations. Patients with GBS must have cerebrospinal fluid (CSF) collection for analysis.

Keywords: Aedes; Flavivirus; arbovirus infections; polymerase chain reaction; laboratory test.

RESUMO

A febre zika pode ser definida como uma doença viral febril aguda, transmitida principalmente pelo mosquito do gênero Aedes, e faz diagnóstico diferencial com doenças causadas por outros flavivírus, como a dengue e a Chikungunya. Muitos indivíduos infectados pelo vírus da zika (ZIKV) não terão ou terão apenas leve sintomatologia clínica. O quadro clínico é inespecífico e caracterizado por febre baixa, exantema maculopapular pruriginoso, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e cefaleia. A doença é autolimitada, de curta duração e de evolução benigna, mas podem ocorrer complicações, como síndrome de Guillain-Barré (SGB), aborto espontâneo e malformações fetais, principalmente microcefalia e lesões retinianas. A investigação laboratorial apresenta maior importância nos casos suspeitos de infecção pelo ZIKV que evoluíram com complicações neurológicas, em gestantes, aborto ou malformações congênitas, sendo fundamental para definição diagnóstica. A reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) pode detectar o vírus em amostras de sangue por volta de quatro a sete dias após o início dos sintomas. Na urina, é possível identificar o ácido ribonucleico (RNA) viral até 15 dias após o início do quadro clínico, mesmo que a viremia tenha cessado, sendo uma alternativa para o diagnóstico tardio. Os testes sorológicos também podem ser realizados, embora haja possibilidade de reação cruzada com outros flavivírus. A imunoglobulina da classe M (IgM) pode ser pesquisada entre a 2ª e 12ª semana após o início do quadro clínico; a da classe G (IgG), após o 15º dia, estando presente mesmo na fase de convalescência e na cura. As alterações laboratoriais inespecíficas, em geral, não apresentam alterações significativas. Nos casos em que os pacientes apresentam SGB, é importante a coleta e a análise do liquor.

Palavras-chave: Aedes; flavivirus; infecções por arbovirus; reação em cadeia da polimerase; testes laboratoriais.

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